quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Quem sou



"...Sou a emoção do perigoso, desde que eu possa cobrir o risco. Sou sorriso tímido em algumas horas e gargalhada escancarada em outras. Sou o tesão de uma missão cumprida, com gostinho de quero-mais-ainda. Sou uma piadinha boba bem contada. Sou adorar comer doces. Sou falar com Deus bem baixinho à noite. Sou um sorriso aberto de quem estava com saudades de me ver. Sou muitas amizades e amigos.

Sou arroz soltinho, ovo com gema bem cozida, suco de laranja, vitamina de abacate, pizza de milho e danoninho. E na sobremesa, eu sou um bolo de morango cheio de chantily. Sou muito, mas muito chocolate, de todo jeito.
Sou olhar o céu da varanda com noite de lua cheia e estrelas brilhando, em tempo ameno, ouvindo música. Sou o meu quarto. Sou a minha cama e dormir agarrada com o travesseiro. Sou a mesa e a cadeira do computador. Sou banho gelado em dia quente. Sou cremes, perfumes, batom rosa, presilhas, caixinhas encapadas. Sou sapato alto, meia fina, lingerie de renda, calça jeans e blusas coloridas. Sou pouca maquiagem, coque no dia-a-dia e cabelo solto e arrumado aos fins de semana. Sou milhares de relicários, as gavetas cheias de fotos, cartas, lembranças das quais eu não consigo me desfazer. Sou lápis de cor, tinta, papel.
Sou uma idéia de organização que nunca se concretiza. Sou um NÃO gigante a grande parte das regras e um boom criativo e intuitivo na maior parte das vezes. Sou uma vida lotada de amigos, um sorriso simpático, compreensão acima de tudo, um abraço inesperado. Sou dizer e ouvir palavras que emocionam. Sou de me importar com quem eu amo.
Sou um punhado de cartas, cartões e e-mails de amor, todos longos e intensos. Sou um amor mal resolvido, e mais outro. Sou a recusa de ficar ao lado de alguém só por ficar. Sou a opção de um romantismo e sem vergonha de ser assim. Sou uma folha em branco pra desenhar e escrever o que tiver vontade. Sou segurar as lágrimas nos olhos. Sou calar pra não magoar, sou de deixar a poeira ficar bem baixinha pra depois conversar. Sou gentilezas, carinhos e mimos. Sou dormir abraçada, um olhar arrebatador, uma palavra sussurrada no ouvido, um telefonema quente, uma brincadeira excitante, uma loucura, um beijo roubado. Sou muito, muito beijo, muito toque, muito abraço apertado, muito desejo, me entregar totalmente se me sentir segura e amada. Sou dengo até não poder mais. Sou insistir até onde aguentar.
Sou a saudade do colo da minha mãe, a saudade da risada do meu pai. Sou ficar tentando lembrar do que eu sonhei toda manhã. Sou a saudade de pessoas que eu amei muito e que se foram.  Sou um eterno procurar o lado bom da situação, um eterno racionalizar.
Sou desenho animado, chaves, filmes, novo cinema nacional, Internet com conexão rápida e milhares de e-mails. Não sou de jeito nenhum (por mais que eu tente): suco de cajú, grosseria, esporte na TV, academia, beterraba, matemática, Bonde do Tigrão, noite de calor. Sou assistir um filme debaixo da coberta num dia frio. Surpreender e ser surpreendida.Receber ligação no celular. Descobrir que eu estava certa. Ser desculpada quando piso na bola. Cantar e dançar. Sonhar, viver, ser feliz.''

Antigas Brincadeiras em Grupo


Eu acho (quase uma convicção) que a melhor fase da vida é quando somos crianças. Somos cheio de inocência e uma visão diferente da realidade. Dentre todas as qualidades de ser criança, as mais primorosas são as brincadeiras em grupo, onde um bonde de crianças melequentas se reuniam para passar o tempo com atividades divertidas. Vamos lembrar alguma delas?!
Pique-Esconde (Esconde-Esconde)
Essa é uma das clássicas. Uma pessoa contava até um certo número para dar tempo para as outras crianças se esconderem. O objetivo da brincadeira era a criança (que estava contando) encontrar os outros que se esconderam. O mal é que algumas vezes, sempre tinha um ou outro que se encondia em um bairro vizinho. Pegava ônibus e tudo mais. Aí a brincadeira não tinha fim, até a mãe de alguém sair pela rua procurando a criança.
Amarelinha
Uma das brincadeiras mais chata que eu já brinquei. Uma pessoa desenha uma amarelinha no chão, onde geralmente ia-se até o número 9. Depois dali, o “céu”. Como o povo daqui era meio sequelado, às vezes nós jogavamos no nightmare mode on. Por conta disso, nossa amarelinha tinha uns 30 números. Para acertar o número 25, por exemplo, era necessário uma binóculos, para podermos enxergar aonde a pedra caiu.
Pique-Bandeirinha (Não conheço outro nome para essa)
Uma das mais divertidas que já joguei. A brincadeira era assim: Desenhava-se um campo no chão e as crianças se dividiam em dois times. O objetivo era invadir o campo inimigo e trazer a “Bandeirinha” (que muitas vezes era um chinelo ou um galho de uma árvore) para o seu lado do campo. Sendo que nisso, se você for tocado, você é colado e deverá permanecer na mesma posição. Já dá para imaginar as confusões que isso gerava, não é mesmo?
É claro que tem muitas outras antigas Brincadeiras em grupo, mas só quis destacar essas três. O problema do povo é que eles crescem e esquecem como era bom os tempos passados. Noutro dia mesmo estávamos brincando de pique-bandeirinha. Mas o problema é: uma senhora viu um monte de marmanjos de 16 / 20 anos correndo e ligou para a polícia. O resultado? Jogamos Pique-Bandeirinha com os Policiais! Mentira.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O que é o amor?

Amor é um destino feliz ao fim de um caminho difícil por uma estrada sem atalhos. Amor é quando a esperança tem paciência. Amor é colecionar detalhes. Amor é quando a gente sonha acordado e só sabe que é verdade porque tem alguém ao lado sonhando o mesmo sonho que você. Amor é querer pertencer ao outro, não por submissão ou posse, mas por entrega. Amor é a cada dia que passa estar sempre mais perto do início do que do fim. Amor é quando a solidão tem vontade de ser você. Amor é tentar concentrar ao assistir um filme, mesmo sabendo que ao seu lado está a pessoa mais linda do mundo. Amor é encontrar alguém que reúna os seus defeitos preferidos. Amor é nunca mais tirar a barba só porque ele um dia disse que gostava. Amor é procurar roupas parecidas com aquela que ele elogiou. Amor é aprender não só a fazer, mas a querer fazer. Amor é ter sempre alguém na mente enquanto o corpo se esforça para fazer outras coisas. Amor é convencer o outro a fazer o que será melhor para ele, nunca o que será melhor para você. Amor é não desistir. Amor é nunca se despedir, e isso não é não ter fim. Amor é quando a ausência não se faz presente, pois de algum modo se está sempre ali. Amor é ter orgasmos não só no sexo. Amor é quando ao deixar alguém você sente que deixou a você mesmo. Amor é perceber que a sua felicidade é importante para o outro. Amor é quando é simples de sentir, complicado de explicar e trabalhoso para se manter. Amor é quando o seu espírito descobre um abrigo e não é o seu corpo. Amor é não se contentar com pouco sem exigir mais do que o outro pode dar. Amor é sentir a necessidade de ser sempre sincero. Amor é quando dói mentir. Amor é o infinito onde as paralelas do sentimento e do relacionamento deveriam, mas nem sempre se encontram. Amor é o que se leva uma vida para acontecer e muitas outras para se esquecer. Amor é um estado raro em que em alguns casos a felicidade supera a reciprocidade. E chega o tempo em que finalmente se aceita que o verdadeiro amor não é aquele que necessariamente se concretizou de verdade; o amor da sua vida não é aquele que fica a vida toda por toda a sua vida; o amor que importa em sua existência é o que você sente por aquela só pessoa, por tanto tempo, anos e dias sem jamais pensar que desperdiçou um segundo sequer de sua vida. Amor é escolher sentir saudade. Amor é, por fim, o que só você entende.

Orgulho e preconceito

Existem certos sentimentos que convivem muito próximos, perigosamente separados uma linha muito tênue.

Orgulho e preconceito são dois conceitos que, por exemplo, volta e meia se confundem. Orgulho, no sentido positivo da palavra, é bom, nos engrandece, nos traz satisfação conosco mesmos ou com algo que fazemos, conquistamos ou admiramos. Porém, é muito fácil, e por isso tão perigoso, acharmos que nosso orgulho sirva como um instrumento de diferenciação social. E aí o orgulho toma a conotação negativa que tem, e geralmente vira preconceito: puro, simples e condenável, sob qualquer espécie.

Considero-me uma boa observadora, no sentido de que gosto muito de “ler” situações e pessoas, em circunstâncias específicas. Existem certas situações que são sintomáticas de orgulho e preconceito. Pequenas, grandes, veladas ou escachadas. Por exemplo, aqui no sul do Brasil onde vivo existe um grande orgulho – do qual compartilho - da nossa história, das nossas iniciativas e posições como povo. Algo que desperta admiração não só entre nós, mas também de muitos que nos percebem orgulhosos de nossas raízes. Ocorre que muitos não têm orgulho do povo que somos, mas do povo que seríamos comparativamente a outros. Como se houvesse um manual do “melhor” e do “pior” de como definir-se como ser humano, em se tratando de relações sociais, laborais ou comportamentais. Como se essa condição de orgulho não enaltecesse nossas qualidades, mas nos diferenciasse, no sentido sectário do “diferente”. E daí, volta e meia, advém vários conceitos prontos que na boca das pessoas soam como verdades incontestáveis e que na verdade são preconceitos sem nenhuma validade prática.

Outra situação bem comum se dá em determinadas situações sociais. Várias vezes presenciei cenas onde uma pretensa “classe”, “bom gosto” e “requinte” me são, veladamente, sugeridas como uma forma de diferenciação, auto-promoção, ou, se preferirem, de orgulho - no mau sentido da expressão. Se essas pessoas soubessem que nesses momentos sempre contenho um sorriso irônico de absoluta indiferença àquilo, talvez não me tivessem em tão alta conta. Educação e classe para mim não respeitam segmentação financeira, mas são claramente diferenciadas pela postura e caráter das pessoas. Talvez por isso quem me conheça bem saiba (ou estranhe) que eu dou a mesma atenção social para uma faxineira ou uma dama da sociedade X ou Y jantando comigo.

Resumindo, orgulho só é bom quando não acusa nossas próprias vaidades. Caso contrário, é ostentação, soberba...ou preconceito.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Love, world or me?


Amor, por que você é tão complicado? O amor não era para ser uma das coisas mais lindas do mundo? Então por que ele nos faz sofrer, nos magoa, é proconceituoso, quebra nossos corações…. Eu não entendo. As pessoas não sabem mais o que é o amor. A sociedade simplesmente esqueceu. O amor para elas agora é a tração física. Fico indignada. Como eu queria voltar aquela época em que, o amor era um sentimento verdadeiro, em que as pessoas realmente mostravam os seus sentimentos e não quebravam seus corações tão facilmente. Então eu penso,  o problema é o amor, o mundo ou sou eu?

Por Audrey Hepburn


"Para ter lábios atraentes, diga palavras doces. Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas. Para ter o corpo esguio, divida sua comida com os famintos. Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez ao dia. Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinha.” 

Esse é com certeza um dos textos mais lindos de Audrey Hepburn; eu senti quase uma necessidade de colocar.

Insegurança

Insegurança, uma característica minha e aposto que de muitas meninas e mulheres. A pergunta é, por que somos assim? Beleza, é como resumir insegurança em uma palavra. Se você não se acha bonito,você se sente inseguro, isso é um fato. Então, certo dia eu me perguntei, pra que? Pra que tanta insegurança? Beleza? Beleza não é tudo, o que vale mesmo é o que tem dentro de você. De que adianta ser linda e não ter conteúdo, não ser boa pessoa, não ter caráter? NADA. Se um cara se apaixona por você pela sua beleza, manda ele pastar, ele não vale nada. O homem de verdade, se apaixona por você, e vê que sua beleza vem de dentro para fora. Não se preocupe, seja quem você é, equeça beleza exterior e mostre o que tem dentro de você. Diga Adeus! A insegurança.